Na hora das eleições nunca houve união, graças a Deus! Também na União Africana falta união quanto a pessoa que deve dirigir a Comissão da organização. Jean Ping, o presidente em exercício, quer continuar no cargo. Nos últimos meses fez uma "campanha eleitoral" na África Ocidental, mas ao que tudo indica de nada lhe valeu. A sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma parece estar no bom caminho.
Esta luta, para além da saudavel falta de união, mais uma vez evidencia as fragilidades da maioria das organizações regionais do continente africano. O gabonês fez sozinho a sua campanha, não houve nenhuma campanha institucional. Refiro-me, por exemplo, a organzição regional a que ele ou o país dele pertence, ou outra qualquer que o quisesse apoiar. Já no caso da sul-africana a SADC assumiu que Dlamini-Zuma é a candidata apoiada pela África Austral e ponto final! A CEDEAO prefere dividir-se, "ingleses" de um lado, e "franceses" de outro.
Mas existe bom senso na União Africana, e ao que tudo indica Jean Ping vai continuar a liderar a Comissão da União Africana atá Junho, e ai provavelmente a Dlamini-Zuma assuma o cargo. Esta solução, não prevista pelos estatutos da organização, é consensual. Assim, o queniano Erastus Menchwa, vice-apresidente da Comissão, já não vai ocupar o cargo até Junho, altura em que novas eleições devem acontecer, como prevêm os estatutos da UA.
No meio disso tudo, o nome de Joaquim Chissano já é apontado como o candidato forte da SADC para substituir a sul-africana...
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