Os resultados do desalojamento de populações em Huila, Angola, já estão ai. O suicídio era provavelmente o menos esperado. Leia mais sobre a situação no seguinte endereço:
http://www.voanews.com/portuguese/news/12_09_2010_suicides_youth_namibe-111619879.html
Acho que o acto extremista é a resposta a humilhação que esta gente vive, ou melhor a insubordinação a humilhação. Lendo sobre suicídios no: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol30/n1/4.html encontrei uma definição que se encaixa a esta caso:
suicídio anômico: associado ao desregramento, crises e mudanças a partir do enfraquecimento da malha social.
Lembrei-me de um facto contado por um amigo brasileiro, que no Brasil os índios matavam-se, ou morriam de desgosto, porque não aceitavam a escravatura. Pois se nos lembrarmos estes não foram verdadeiramente escravizados, para este país foram levados os pretos de África para o trabalho escravo.
Ainda este ano vi o filme brasileiro "Terra Vermelha" que conta uma história dos dias de hoje, mas que em nada se diferencia do tempo da colonização. Índios Guarani-Kaiowá são explorados numa fazenda e travam uma luta com os seus empregadores, os fazendeiros, pela posse da terra, enquanto isso indios jovens, os cheios de futuro, vão se suicidando por causa da sua condição de vida humilhante.
Em Angola teoricamente a colonização foi se embora com os portugueses em 1975, os angolanos verdadeiros donos da terra, humilham-se entre si. Os fazendeiros angolanos, ou mineiros, agentes imobiliários, etc, conduzem os índios angolanos ao suicidio...
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