Será o petróleo a tábua de salvação de São Tomé e Príncipe? Se tal for encontrado em quantidades comercializáveis pode ser que sim. Seria uma maneira de o país não se afundar na rede da dependência externa, afinal mais de 70% do seu Orçamento vem de fora. Enquanto isso, foi aberto hoje o leilão para a exploração de sete dos 19 blocos de petróleo identificados na ZEE, zona de exploração exclusiva. Os interessados tem de se manifestar até ao dia 15 de Setembro próximo. Gerhard Seibert falou mais sobre o petróleo são-tomense com Nádia Issufo
Nádia Issufo: O petróleo será a tábua de salvação de São Tomé e Príncipe?
Gerhard Seibert: Pode ser, mais prefiro ser cauteloso porque é muito difícil falar de uma coisa que ainda não existe. Existe a possibilidade, mas enquanto não existem resultados exactos e seguros sobre a existência de petróleo comercialmente explorável é dificil falar disso, mas é obvio que será um ajuda se existir porque pode trazer receitas muito elevadas. Mas é óbvio que o dinheiro por si só não chega para o desenvolvimento de uma sociedade ou de um país.
NI: Como avalia o desempenho económico de São Tomé e Príncipe?
GS: É uma questão muito difícil. Naturalmente existem vários problemas que tem a ver com a actual crise económica. Sobretudo em relação a investimentos programados, refiro-me sobretudo a construção do porto de águas profundas por uma empresa francesa. Estava previsto o início das obras para este ano, mas foi adiado porque a empresa francesa tem problemas devido a crise financeira. Outro problema tem a ver com um certo atraso do sector petrolífero, porque quando este projecto comecou nos fins de noventa havia grandes perspectivas no país com esta nova janela que se abriu na altura, mas até agora houve pouco desenvolvimento neste sector, e pior ainda, até hoje nem sequer petróleo foi descoberto nas águas territoriais de São Tomé e Príncipe...
Mais sobre o tema para ouvir em: http://www.dw-world.de/dw/0,,9585,00.html
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