Espantei-me ao ver gente a congratular as autoridades moçambicanas por terem construido as infraestrururas para acolher os X Jogos Africanos em tempo recorde. Isso demonstra que o nosso lema continua a ser fazer coisas por cima do joelho, acreditamos que isso é uma virtude, e por isso o resultado de tanto improviso é muito mau. Também vimos atletas denunciarem as precárias condições organizativas do evento em jornais online africanos, e algumas pessoas já previam que a media de países mais exigentes e mais organizados fosse colocar o dedo na ferida, comparando-a como a hiena pronta a dar o bote, sem antes se lembrar que Moçambique se dá o bote a si mesmo dia sim, dia sim.
A "CORJA"?
Será que o COJA, o Comité Organizador do Jogos Africanos, deve ser parabenizado por ter conseguido fazer uma omolete sem ovos, ou será que merece que lhe atirem com os ovos a cara?
Vimo-lo fazer um grande jogo de cintura para que os motoristas que trabalhavam no evento nao entrassem em greve por falta de pagamento, como também se viu o pessoal voluntário do protocolo ter de se "desenrascar" a altas horas da noite para regressar da Vila olimpica para a casa porque o COJA nao teve a decencia de lhes providenciar o transporte.
Jogos desportivos ou políticos?
É de se questionar o facto do governo mocambicano ter gasto mais de 400 milhoes de dolares, a custa também de endividamentos, com infraestruturas, sem que investisse pelo menos um quarto desse valor com as medalhas. Isso é como dar um tiro no próprio pé, aliás um hábito suicida que o país nao descarta. Fala sempre em tirar vantagens de grandes eventos, e no final fica com desvantagens, pelo menos a curto prazo. O exemplo mais gritante foi o do mundial de futebol da África do Sul, em que apostou num marketing arrojado, para nenhum resultado. Nos jogos Africanos vimos os judocas mocambicanos aflitos até ao último minuto porque o equipamento para a competicao nao tinha chegado e era preciso que as autoridades interviessem. Nao é revelador este facto?
ficou uma bosta!!
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