Em 2009 os 100 maiores fabricantes de armas no mundo venderam armas por um montante superior a 300 mil milhões de euros, ou seja, um aumento de 8%, afirma o relatorio d SIPRI, Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, sediada em Estocolomo na Suécia. A maioria dos 100 maiores fabricantes de armamento está localizada nos EUA enquanto 33 empresas de armamento estão sediadas em nove países da Europa, entre eles a Alemanha. As suas vendas situaram-se em 120 mil milhões de dólares, ou seja, um total de 30% do armamento vendido.
O grande paradoxo neste negócio é que os maiores produtores de armas vivem em paz, as guerras que viverarm não passam hoje de factos que só tem lugar nas páginas dos livros de História. Para quem vendem então eles as armas?
Faca de dois gumes?
Para os países que eles chamam de pobres, na sua maioria. Para aqueles a quem querem ensinar a democracia e o respeito pelos direitos humanos. Enquanto isso algumas organizações, verdadeiramente, bem intencionadas tentam alcançar acordos que limitam a produção e o comércio de armas, mas em vão. Mais sobre os esforços delas para ler em: http://pressenza.com/npermalink/semana-global-de-acao-contra-violencia-armada-pede-tratado-internacional-contra-comercio-de-armas
Dividir culpas pelo extremínio na Líbia
O presidente da Líbia está a dizimar os seus compatriotas e pode até tornar aquele país desabitado se quiser, isso graças ao seu arsenal, os maiores produtores de armas que o digam, eles melhor do que ninguém estão capazes de saber o que lá pode acontecer. E no momento dos negócios de armas ninguém se lembrou que Muammar Kadafi era ditador ou louco, como muitos o consideram, e que por isso, num momento como este, embora imprevisivel, esse armamento teria real uso, afinal ele tem uma função. Conheça alguns dos países que conhecem o dinheiro proveninete da Líbia:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2007/08/070803_libiafranca_ac.shtml
É essa responsabilidade que nunca será cobrada aos governos que nada fazem para por fim, ou então, sendo mais realista, limitar o comércio de armas.
Mas ainda há países que mostram uma única cara, feia ou não, mas única. A Russia é uma delas, fechou um negócio de venda de armas a Líbia avaliada em cerca de dois biliões de dólares, e hoje está do lado da Líbia: http://www.panapress.com/Russia-contra-ingerencia-em-assuntos-internos-da-Libia--3-760983-47-lang4-index.html
Tal como a Itália de Berlusconi o faz, ainda existe a honra. Em nome de cifrões, mas existe... Afinal Kadafi é ou foi quase o "salvador da pátria" italiana. A Fiat já foi salva pelo presidente líbio, os grandes bancos e outras empresas tem dinheiro de Kadafi e por ai a fora...
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