terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vamos "clorificar" sem provocar "cólera" nas pessoas?

O cloro está a matar em Moçambique... E a cólera também... E se as autoridades locais não tomarem medidas sérias e inteligentes, não sei o que matará mais...
Na província da Zambézia, mais concretamente no distrito de Gurue, profissionais de saúde estão a ser atacados por colocarem cloro na água com objectivo de purifica-la. As populações locais, por ignorância, dizem que estes profissionais estão mais é a por colera na água... Dá para rir, não é?
Pois é... A primeira sim, mas na verdade é para chorar... Na sequência de disturbios nesta região sete pessoas já morreram e cerca de cinquenta e quatro foram detidas. Esta região vive um surto de cólera que afecta mais de duzentas e cinquenta pessoas e já matou cinco. A tentativa de minimizar a situação da doença com o cloro só piora tudo...
E este não é o primeiro caso em Moçambique... Em Nampula muitos activistas da Cruz Vermelha de Moçambique foram atacados em 2008 quando desempenhavam acções semelhantes. O governo tirou alguma lição?
Bem, deixemos isso para lá. Não está na hora de passarem a acção agora, assim de uma forma bem básica?
Que tal se mudassem o nome? Em vez de cloro se chamasse, por exemplo, purificador?
Ahhh... Custa muito?
Na verdade, o cloro é mesmo um purificador. Procurei saber também o que é este produto "assassino" em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloro
Não quero com esta sugestão minimizar a capacidade de aprendizagem dos moçambicanos, pelo contrário, quero apenas que eles entendam de uma maneira simples e clara o que é o tal de cloro... Afinal estamos a falar de uma população rural com baixo índice de escolaridade, pouco esclarecida. É preciso saber chegar até ela...
Enquanto isso as "cóleras" matam no país: a doença e a da população!

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