"Uma coligação de 12 partidos políticos da oposição (extraparlamentares), denominada "G-12", exortou hoje o primeiro ministro de Moçambique, Aires Ali, a "travar" a criação das células da FRELIMO no Aparelho do Estado." Era notícia dos órgãos de comunicação social moçambicanos no dia 15 de Fevereiro.
Entretanto, do novo primeiro-ministro não houve resposta. Talvez seja uma assunto que careça ainda de aprovação superior...
De acordo com o secretário geral da FRELIMO, Filipe Paúnde, com estas células o seu governo pretende materializar o plano quinquenal do Governo.
Ora, é do conhecimento de qualquer moçambicano que essas células sempre existiram no Aparelho de Estado. E se consolidam a cada dia que passa, ou a cada eleição que acontece. O que a FRELIMO fez, ou vai fazer, é formalizar o que é uma velha realidade!
Talvez uma certa oposição estivesse a espera do informe para espernear... Mas não deixa de ser salutar a manifestação de revolta do "G-12". Agora resta saber se os não poucos funcionários vão engolir as sua ambições de progressão de carreira no Aparelho do Estado em nome da Democracia, liberdade de expressão, etc. Essa é na minha óptica uma questão preocupante. Se até alguns dos nossos intelectuais mudaram a casaca, o que dizer de alguns funcionários do Aparelho de Estado que devem ter um salário insultuoso? Enquanto o governo da Frelimo souber se aproveitar das fraqueza do seu povo (ou de uma parte que não resistir a tentação), dominará sempre o país.
E o sector privado não se "inclui fora dessa". Nas mãos de boa parte de membros da Frelimo está também bem entregue.
Não é altura de falarmos em células... Depois de 35 anos no poder? A isso se chama tecido!
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