José Rodrigues do Santos, o jornalista português, lançou recentemente (finais de 2009) o livro “Fúria Divina”, obra que devorei rapidamente. E viajei logo para as “chuingas” muito comercializadas em Moçambique da marca chappie, estou a falar de pastilha elástica... E as embalagens das “chuingas” dizem no seu interior “did you know... something”, ou seja, sabias que... alguma coisa.
Resumindo: primeira impressão é de que é um livro de iniciação. É o “bê-a-ba” a muitas coisas, principalmente a duas ou três: ao Islão (nas suas diferentes perspectivas) e ao “terrorismo” (que na verdade pode ser uma conseqüência de uma das interpretações do Islão). O alerta de perigo para aqueles que pensam que não fazem parte do foco do "terrorismo" foi outra mensagem que entendi, embora esta seja uma história de ficção como o próprio autor diz...
DIGERINDO CONHECIMENTO
"Amanhã é o primeiro dia do mês de Moharram e vamos celebrar a Hégira." disse o Mullah. Fez uma pausa para beber um trago de chá. "Sabes o que é?" "É a fuga do Profeta para Medina, xeque."
Isto lê-se na página 41 e se repete SEMPRE no livro de 583 páginas. Na minha opinião o autor pecou por excesso quando por exemplo mostra a ignorância de uma conceituada operacional da CIA, Rebecca Scott, com experiência de combate no Afeganistão em relação ao Islão, História, etc... Ilustro:
"O que tem o petróleo a ver com isto?"
...
"Dinheiro"... "O petróleo enriqueceu os Sauditas. De repente os wahhabistas ficaram cheios de dinheiro e imagina o que decidira fazer?"
"Erguer mesquitas?"
...
"Também", disse. Mas sobretudo, puseram-se a financiar madrassas em todo mundo islâmico..."
Lê-se na página 327 e mais cenas iguais se repetem. A não ser que tenha sido intenção do autor evidenciar a fama de ignorante que caracteriza muitos americanos...
Volto já, nao acabei...
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