terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sereia afónica de rabo partido

Foto: Ismael Miquidade
Titulo: Costa do Sol

Canta sereia, canta
A tua voz ficou no fundo do mar
Toma chá de mel com gengibre e sumo de maçã
Canta sereia, canta
O mastro do barco é mais forte do que a rocha onde te sentas
E o pescador já vai ao ginásio
Canta sereia, canta
Teu rabo de peixe dói de tanto sentar
Já não existem vítimas
Canta sereia, canta
Finalmente o mais fraco pescador se deixa seduzir pelo teu canto
Cai para o infinito do teu azul
Que esconde o arco iris
E também os mistérios da escuridão do fim
Canta sereia, canta o teu hino de vitória e de derrota
Porque abriste também o caminho para o teu fim
Se a vítima já está em tuas delicadas mãos, para quem cantar agora?
Pescadores, a sereia É imortal!
Lembrem-se sempre disso...

2 comentários:

  1. Oi, Nadia,
    Me lembrei de uma musica brasileira.
    http://tudodebonn.blogspot.com/2010/02/o-mundo-tao-desigual.html

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  2. Oh...
    Conhecia já a música mas nunca tinha reparado na letra.
    É engraçado está dualidade de desejos que a sereia desperta no Homem, não?
    Ela é o mito que matas as duas fomes na música de Gilberto Gil; a fome fisica e a da alma.
    Viva o Gil!
    beijão para ti

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