quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cheias Moçambique: INGC diz que tem tudo sob controlo

Em Moçambique as autoridades lançaram na última quarta-feira (24.01) o alerta laranja devido as enchentes que se verificam principalmente no sul do país. De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), mais de 25 mil pessoas ficaram afectadas pelas chuvas. Vários lugares estão submersos, a população desabrigada e sem os seus haveres. Nas operações de resgate cerca de 5000 pessoas foram retiradas compulsivamente para zonas seguras. Apesar de tudo o INGC garantiu, na última semana,  que ainda tinha tudo sob controlo. A DW, numa entrevista conduzida por mim, ouviu Bonifácio António, porta-voz da instituição sobre o ponto de situação:



Bonifácio António: Neste momento a zona sul, especialmente a bacia do Limpopo, avisou-se as pessoas da zona baixa desta região para que abandonassem as zonas de risco. Quando tivemos a certeza de que o cenário se iria concretizar o Governo decidiu decretar o alerta laranja, que é o ponto mais alto de tomada de medidas de precaução com objectivo de salvar vidas humanas e evitar perda de bens essenciais. O pico das cheias começou a fazer-se sentir sobretudo na região de Chokwé, onde nas aldeias mais críticas estimávamos que 55 mil pessoas pudesse ser afectadas. Grande parte das pessoas da zona de Chokwé e regiões limítrofes que t9iveram conhecimento com alguma antecedência retiraram-se das zonas de risco. Uma pequena parte das pessoas tentou permanecer nas suas residências para preservar os seus bens teve de ser evacuada compulsivamente numa operação que está a ser feita pela unidade nacional de protecção civil....

Nádia Issufo: A cidade de Chokwé está submersa, não é?

BA: Grande parte dela está submersa, muitos serviços essenciais, como lojas e escolas, estão encerrados. Nalguns pontos a água chegou a atingir dois metros. Penso que a operação vai continuar para ver se há pessoas sitiadas...

NI: Quantas pessoas estão afectadas pelas chuvas?

BA: Pelos registo desde o inicio da época chuvosa, em Outubro do ano passado até mais ou menos dia 21 de Janeiro, tinha sido afectadas, não só na região do Chokwé, mas em todo o país, cerca de 25 mil pessoas.

NI: Em termos de apoio aos afectados, o INGC está preparado financeiramente e tecnicamente?


BA: Temos ainda capacidade de assistência as pessoas que foram afectadas, porque este número já tinha sido previsto no plano de contigência que anualmente é aprovado pelo Governo. Então, ainda estamos dentro do limite desse plano e ainda há capacidade para prestar assistência. É claro, trabalhamos com parceiros internos e os sistemas da ONU e ainda há capacidade interna para apoiar as famílias em termos de alimentos, sistema de saneamento, sanitário, etc.

NI: Comparativamente as enchentes dos anos anteriores, como avalia as deste ano?

BA: Podemos dizer que as dos anos anteriores tiveram tiveram uma magnitude relativamente maior porque afectaram simultâneamente várias bacias hidrográficas. Agora estamos a lidar com um ponto específico, então se formos a comparar o universo de pessoas afectadas penso que agora temos um número de afectados relativamente menor em relação aos anos anteriores.

Sem comentários:

Enviar um comentário