Cor de rosa, pequeno e com formas não muito bem definidas. Como um pêndulo o porquinho era suportado por um cordão de lindas missangas grossas, que terminava com uma argola. Era um chaveiro. Paradoxal sorte teve a mãe da criança que o fez em recebe-lo, e a própria criança. Eram todas muçulmanas e turcas.
A última actividade infantil de uma creche alemã era por as crianças a representarem a felicidade, e fazerem-nas perceber a importancia dela. No final houve uma apresentação e brindes feitos pelos pequenos, com símbolos da sorte no país, o trevo e porco.
Quando vi o porco viajar para as mãos da mãe turca, em meio a aplausos, fiquei boquiaberta. A senhora muito bem educada, e sensível ao esforço da filha, recebeu o chaveiro e tratou imediatamente de substituir o velho pelo novo.
No meio disso tudo fica a questão: até que ponto vai a sensibilidade desta creche? O seu pessoal tem menus diferentes, em respeito aos muçulmanos, tal como tem cuidados em relação a outros aspectos. É uma creche da igreja católica, onde os meninos são obrigados a rezar independentemente do seu credo religioso. E isso com o consentimento dos país, portanto em relacao a isso nao há nada a questionar.
Mas isso nao quer dizer que possam agredir, mesmo que nao seja intencionalmente. É o preco de ser emigrante, apesar dos esforcos há sempre algo que escapa... e lá vao os pais engolindo alguns porquinhos...
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