Está tudo em ordem para o arranque do Campeonato Africano das Nações em Angola, que decorre de 10 a 31 de Janeiro, dizem as autoridades angolanas. De acordo com a Lusa, o comissário-geral da polícia angolana, Ambrósio de Melo, visitou nesta quinta-feira, na companhia do seu colega sul-africano Bheki Cele, o estádio de Cabinda. O que o comissário garantiu preende-se apenas com questões de segurança dentro do estádio, como por exemplo a evacuação em caso de emergência. Se assim for, está de parabéns o país anfitrião!
Mas o que Angola esqueceu de dizer aos seus hóspedes e ao mundo é que existe a FLEC, Frente da Libertação do Enclave de Cabinda, no país, ou em Cabinda. E o enclave de Cabinda, que clama por independência e rico em petróleo, é um dos quatro lugares no país que vai acolher a prova.
E sem grandes demoras e salamaleques as boas vindas aos visitantes togoleses já foram dadas hoje pela FLEC, pelos menos assim se diz, embora este grupo ainda não tenha reivindicado o ataque... A selecção do Togo que ia de Ponta Negra, na Repíblica Democrática do Congo, para Cabinda foi atacada. As poucas informações disponíveis, indicam que duas pessoas foram feridas.
Porque Angola escolheu Cabinda para acolher este evento sabendo que a região não é propícia para tal no momento?
Não é atrair os honrados convidados para a boca do lobo sem que eles tenham consciência?
Traição em nome do Ego
Ou então o país anfitrião tenciona mostrar ao mundo que tem tudo contolado neste enclave por isso o escolheu como uma das sedes? Também pode ter sido para querer ser mais inclusivo, pois podia ser acusado de discriminar os angolanos de outros quadrantes...
Se assim for, então danou-se... A FLEC, que aparentemente conhece os pontos fracos das autoridades, ou então não é tão insignificante como nos mostram, aproveitou para vincar a sua luta, evindenciar a sua causa! Ou então para ferir jogadores que pretendiam apenas fortalecer amizades e fraternidade com outros desportistas do continente... depende do ponto de vista...
Será que vale a pena por em risco vida de respeitados vizinhos em nome de questões internas? Manchar um evento que se supõe ser uma das maiores festas do continente?
Tudo para sustentar uma imagem imponente e segura que na verdade é frágil e imprevisível?
Seria melhor não afectar os outros com os já conhecidos "comportamentos domésticos angolanos"...
E como disse o meu colega: O CAN já começou!
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