E soltaram mesmo o "peido da divisão" em Copenhaga! O tal gás quase está a matar a tia Esperança cansada de viajar de um lado para o outro. A viagem da "caixeira viajente" começou a sério em Kyoto em 1997 com várias paragens por ai. Espera-se (pelo menos os paises em desenvolvimento) que na capital dinamarquesa ela possa recarregar as baterias e continuar viagem. Mas os países industrializados querem uma substituta para a tia que carrega o pesado fardo assim que a outra se aposentar em 2012. Mas faltou o consenso entre as duas partes o que levou os primeiros a abandonarem a Conferência temporariamente.
E
ste primeiro grupo receia que, ao abandonar Kyoto, os países industrializados fujam dos compromissos já assumidos – como a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa em 5,2% em relação a 1990 até 2012 – e ao mesmo tempo queiram cobrar mais dos países emergentes. Já o segundo grupo, tem medo de assumir novos compromissos em cima do Protocolo de Kyoto, o que pode constituir um fardo nas suas economia, enquanto os Estados Unidos – que não ratificaram o protocolo vigente – escapariam mais uma vez.
E na sequência do nauseabundo "peido da divisão" os africanos tentaram manter viva a tia em estado vegetativo e soltaram as "manguinhas de fora" dizendo um basta aos paises mais industrializados.
"Passamos ao alerta vermelho" estas foram as palavras proferidas hoje pelo chefe da delegação nigeriana, Victor Ayodeji Fodeke, na Conferência do Clima em Copenhaga. "Estamos numa encruzilhada: enviamos uma mensagem de esperança para África ou o fim da esperança em 'Hopenhaga'", alterando o nome da capital dinamarquesa em referência à palavra inglesa "hope" ou seja, esperança.
E assim o primeiro grupo suspendeu a sua participação no encontro numa tentativa de pressionar para que os paises mais industrializados que assinaram o Protocolo de Quioto renovem os seus compromissos. Mas ainda no mesmo dia eles voltaram atrás e sentaram-se ao lado dos paises mais industrializados e continuaram as conversações. A esperança é mesmo a última que morre
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