A saída de Nicolas Sarkozy da presidência francesa já está a influenciar a situação política da Costa do Marfim, por via da (in)stabilidade. Os ataques ao exército costa-marfinense e ao quartel no incio deste mês são o primeiro sinal de um despertar já previsto dos apoiantes de Laurent Gbagbo, o ex-presidente do país. E a resposta aos ataques chegou alguns dias depois, uma delegação do partido de Gbagbo foi atacada quando decorria uma reunião.
Conduzido pelo ex-presidente francês, e com o suporte das tropas da ONU no terreno, Alassane Ouattará conseguiu subir ao poder, tirando Laurent Gbagbo de lá. Neste processo quase reacendeu a guerra civil que resultou na morte de mais de 3000 pessoas. O atual presidente, que gozava de simpatias junto de Sarkozy, tinha praticamente o poder em mãos. Um facto que muda agora com a nova política de François Hollande que disse em Paris que quer estabelecer uma nova política com as suas ex-colónias. O seu discurso parece menos ditador e extremista, como era o seu antecessor. Finalmente a França dá sinais de esperança para uma relação de menos imposição a outros fancofonos concedendo-lhes realmente alguma independência. Mesmo que isto custe antes alguns litros de sangue, como pode vir a acontecer na Costa do Marfim...
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