Só que não se sabe quem ardeu ou quem "se queimou". O semanário moçambicano "Savana"
divulgou na última sexta-feira mas dados do processo de corrupção que envolve as multinacionais de tabaco na província de Tete e altos funcionários do governo moçambicano. As empresas terão subornado ainda um governador local que não tem cara...
O ministro da agricultura, Soares Nhaca, disse a Lusa que não há evidências de corrupção. Mas o que é certo é que as tabaqueiras aceitaram pagar 8, 95 milhões de dolares de penalização. Numa entrevista a Deutsche Welle, Francisco Carmona contou mais sobre o caso...
Nádia Issufo: Por favor, fale-nos sobre este precesso que o Savana está a seguir...
Francisco Carmona: Este caso dat de Março de 2006 quando o "Savana" começou a seguir este dossiê que tinha a ver com a Aliance One que e a mãe da Diamon e Satcon. Em 2005 estas duas empresas atiraram a toalha ao chão por aquilo que consideraram de situações pouco éticas protagonizadas pela Universal, a empresa mãe da Mozambique Leaf Tobacco.
A Diamon reclamava o facto de as autoridades governamentais terem lhes retirado terras em Chifunde, em Tete, onde existem terras aráveis que produzem tabaco de altíssima qualidade mundial. E esse dossiê foi gerido pelo antigo governador de Tete, o senhor Tomás Mandlate, e todos os formalismo da retirada de terra foram geridos pelo governador a segui,r o senhor Alberto Muanatata.
E nesta sexta-feira houve depois da queixa crime apresentada pela comissão de valores imobiliários dos Estados Unidos e assim com a Securities Excange Comission, que fiscaliza as actividades das empresas transacionadas na bolsa norte-americana, em que condenaram a universal a pagar 8.95 milhões de dolares e a própria Universal emitiu um comunicado a admitir toda a queixa contra a Aliance One.
NI: Acha que a exoneração de Tomas Mandlate pode ter haver c esse caso de suborno?
FC: O que é prática em Moçambique quando o presidente exonera dirigentes, é não se revelar a causa da demissão. Mas o que circula em Maputo é que as nossas fontes garante é que este caso pode ter sido determinante para a queda dele. Lembramos que na altura quando o "Savana" reportou o caso em Março de 2006, o próprio governador Ildefonso Manatata numa entrevista que nos concedeu confirmou que a dossier estava na mesa do presidente da República e que também a Alinace One, para além de ter direcionado este caso para a comissão de valores dos EUA, também enviou ao presidente da República. Coincidentemente Tomás Mandalte, que posteriormente ocupou o cargo de ministro da Agricultura, foi exonerado. Se há uma relação de causa efeito isso oficialmente não foi dito.
NI: Qua acha que será o passo a seguir?
FC: Penso que a Procuradoria geral vai verificar até que ponto esses elementos constituem a verdade. Há outro caso similar a esse que e do Carlos Fragoso, PCA da ANE em que apareceu o seu nome, acusado de favorecer "Meldy Jonson" (tenho de verificar o nome) em algun sprojectos na província da Zambezia. E parece-me que a Procuradoria geral pegou no caso mas até agora não houve desfecho.
Ainda para ouvir sobre este tema em: http://www.dw-world.de/dw/0,,9585,00.html
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