Para uma ave moçambicana, até tem uma estréia muito boa... Mas porque razão este filme, que nasceu com o cú virado para a lua, ou porque é mesmo bom (saberemos depois...), existe? Só o João Ribeiro pode satisfazer as minhas não poucas curiosidades, e provavelmente a de muitas pessoas... Continue a ler!
Nádia Issufo: Porque escolheste o “Último Vôo do Flamingo” para fazer o filme?
João Ribeiro: Por varias razões. O livro é um procedimento que já vinha fazendo que é adaptar Mia Couto. Eu fiz três curtas metragens baseadas em obras de Mia Couto e a minha intenção era fazer cinco onde todas elas individualmente contasse uma história mas que no conjunto dessem o retrato de Moçambique. Então, esta história fazia parte do conjunto de histórias escolhidas por mim. Acontece que este projecto conseguiu desenvolver-se mais rapidamente do que esperava, embora tenha levado nove anos a produzir, conseguiu a desenvolver-se mais rápido do que a quarta curta e aparece este filme, este é o motivo global. Principalmente a história interessa-me muito, ela conta a história de Moçambique no pós-guerra, depois de um processo de mortes e destruição. É uma história que retrata um momento de transição e como a vida é feita de transições, então essa escolha surge por causa disso. Esta história demonstra essa fase de transições, da guerra para a paz, de um sistema monopartidário para uma democracia, com mais opções de escolha e com tudo que isso acarreta, com a mudança económica, social, política. Todos estes procedimentos estão marcados nesta grande transição que o Mia sabiamente escreve através do último Vôo do Flamingo.
NI: O que originou esta longa espera de nove anos?
JR: O filme é um projecto ambicioso, é uma longa metragem para ser filmada em película para ir para a grande sala. Tem objectivos grandes, e acima de tudo tem grandes actores, obriga a ter efeitos especiais e um grande trabalho de adaptação da história. Tudo isto fez com que o projecto ficasse grande e fosse necessário procurar dinheiro para suportar essas despesas todas e para chegar a um bom termo como projecto. Os nove anos foram um processo de trabalho, um processo de fidelização do guião, de busca de financiamento, de procura de melhor memomento para o fazer... Podia ter feito em menos tempo se tivesse menos disponibilidade financeira, mas o grupo de produtores, isto é uma co-produção internacional, tem seis países co-produtores, decidiu que era melhor esperara para reunir os meios financeiros necessários, o que acabou só por acontecer em 2008.
Queremos mais! Queremos mais!
ResponderEliminarFrau Gouveia!
ResponderEliminarTu és mais rápida do que de repente!!!
ha, ha, ha...
Aguenta ai...
beijão!
Sim, a vida castiga os que chegam tarde.
ResponderEliminarEstá lindo. Viva a mulher mocambicana (com um dia de atraso ; ) )
Tens razão Frau Gouveia, "camarão que dorme a onda leva"...
ResponderEliminarKanimambo. E viva nós!
Os moçambicanos muito gostam de "repetir" datas especiais no seu calendário... dia da mulher moçambicana, dia do jornalista moçambicano...
Fazer o que?
Aproveitar...
Adorei o livro. Agora quero ver o filme. Traz quando voltares de Moçambique, tá?
ResponderEliminarCristina
Sim Frau Krippahl, com todo o gosto!
ResponderEliminarA Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América de "Koeln" não tem??? Inacreditável!!!
ha, ha, ha...
bjão