A acção da FIR, Forca de Intervenção Rápida, contra os antigos combatentes nesta terça-feira é um sinal claro de que o Governo moçambicano se sente ameaçado e por isso em jeito de defesa ataca e com forca. Com isso entende-se que pretende abortar logo a nascença qualquer tipo de manifestação que esteja a ser orquestrada contra si. Na manifestação dos médicos estagiários da UEM, a polícia, segundo relatos, estava armada até aos dentes. Não acredito que pretendia ataca-los, mas sim intimidar. Ou então, já prevendo outros "entusiastas", ou "oportunistas" como eles chamam, decidiu evidenciar a sua forca.
Mas como os desmobilizados de guerra prometem manifestações regulares, todas as terças-feiras, para continuar a exigir melhores pensões, então suponho que teremos muito para ver ainda...
Ditadura começa na polícia
O paradoxo é a polícia estar descontente e ter de reprimir outros descontentes. Só não sei se a FIR também faz parte do grupo dos insatisfeitos como os "cinzentinhos". De forma arrogante o comandante da polícia disse desconhecer um plano de greve dos seus homens, embora o assunto tenha "transpirado". Agora nada se fala, uma atitude que ao meu ver denuncia medo por parte dos seus homens.
O regresso da PIDE
Esta semana alguns jovens içaram a bandeira de Portugal na ex-sede da PIDE em Maputo e alguns deles foram detidos pela polícia. Uma atitude que dá muito que pensar. Quererão eles dizer que a PIDE e o colonialismo estão de volta? Talvez queiram estabelecer uma analogia com os serviços de segurança moçambicanos e o Governo de Armando Guebuza. Por favor, deixem-me dar asas a minha imaginação...
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