O presidente de Angola anunciou na última segunda-feira mudanças no seu executivo. Uma das novidades é a re-criação do cargo de ministro de Estado da Coordenação Económica, a ser ocupado por Manuel Vicente, ex-responsável da empresa Sonangol. Também José Eduardo dos Santos anunciou a formalização do funcionamento do Fundo Petrolífero. Segundo a presidência um dos objectivos destas remodelações é reduzir a concentração de tarefas. Entretanto, estas mudanças acontecem pouco tempo antes das eleições no país. Entrevistei, para a DW, o enconomista angolano Justino Pinto de Andrade sobre as remodelações e comecei por lhe perguntar se o cargo de Ministro do Estado da Coordenação Económica não se sobrepõe ao cargo do ministro da economia:
JPA: Eu não sei como as coisas vão funcionar, porque quando foi extinto esse cargo, criou-se logo o cargo de ministro da economia. É evidente que o ministro da economia, do ponto de vista hierarquico não tem o mesmo posicionamento que o ministro de Estado, portanto fica a baixo. Também o ministério da economia não tem influência sobre os outros ministérios ligados a áreas económicas, enquanto que o ministro de Estado tinha.
Ao criar-se este cargo eu acredito que haverá um re-arranjo ao nível da economia, e até acredito na extinção do ministério da economia. Acho que alguns ministérios ficarão tutelados ao novo ministro de Estado para a coordenação económica, e um deles será seguramente o das finanças. Também os ministérios ligados as infra-estruturas poderão ficar subordinados ao novo ministro.
NI: Será por acaso o novo ministro de Estado também uma espécie de acessor do presidente para questões económicas internas e até externas?
JPA: Eu penso que o presidente ao criar o cargo a esta altura, quando faltam cerca de sete meses para as eleições, ele quer por a rodar uma figura muito falada nos últimos tempos, porque uma das acusações que pesam sobre essa pessoa é de não ter experiência governativa, embora tenha experiência empresarial. Essa figura e o presidente da Sonangol.
NI: O crescente investimento angolano em Portugal, nomeadamente nos bancos, pode ser interpretado como uma tentativa de Luanda usar Lisboa como uma porta de entrada para o mercado europeu?
JPA: Eu não vejo as coisas bem assim, porque nós também não temos muito para exportar para esse mercado para além do petróleo. Penso que o nosso petróleo é bem vindo na Europa com participação ou sem participação nos bancos portugueses. Acredito mais que a ideia é agilizar os gestores angolanos num mercado mais fácil de ser gerido, que é o mercado português, para transformar essa plataforma em outros voos mais arrojados. Agora é evidente que com esta participação pdemos aumentar a nossa capacidade de mobilização de recursos para financiar empreendimentos em Angola, que estão a ser feitos com a participação de empresas portuguesas.
NI: José Eduardo dos Santos formalizou também o Fundo Petrolífero. Como vê esta instituição no contexto das polémicas sobre a gestão dos recursos petrolíferos?
JPA: Eu espero que este Fundo seja um Fundo do Estado e que não se transforme em algo mais ou menos privado e gerido ao gosto dos que domina o poder. Este Fundo para fazere sentido tem de ter algum controlo, e um controlo mais vasto que uma pessoa, tem de ser um controlo institucional.
Oiça a entrevista em:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15703882,00.html
Eduardo do Santos deve entender que já não tem mais nada para dar à Angola, desde (1979), que entrou no poder, que não entende os sinais dos tempos, pois nessa altura deveria ter acabado com a guerra, mas por ser incapaz e incompetente continua a matar os Angolanos 34 anos, mesmo assim no presente século XXI, época da modernidade, continua seco a não iniciar mudanças e reformas democráticas no país (Angola), deve para de continuar a brincar com o país dos Angolanos e iniciar mudanças que devem começar com: reforma dos meios de comunicação social, reforma politica profunda, democratização do país, reforma e respeito dos direitos humanos, formação de um governo de transição que organize e conduza as eleições e processo eleitoral, isentos e com lisura.
ResponderEliminarEduardo dos Santos, (PRA), tem uma única oportunidade impar para sair do poder: 1- Iniciar o processo de reformas democráticas verdadeiras e inclusivas para o país; 2- Reforma das instituições do estado credíveis e de facto da presidência da república, forma eleição, através do sufrágio universal, aceite (voto unipessoal, secreto, periódico, etc), sistema do governo parlamentar, cujo primeiro ministro é o chefe do governo e os ministros desempenham funções politicas e não de auxiliares do presidente da república, como acontece; 3- Renunciar e afastar-se do poder sem qualquer pré-condição, pois qualquer releição de Eduardo dos Santos para o cargo do presidente da república é pura farsa porque já não representa creibilidade e muito menos capacidade e competência para conduzir à Angola do século XXI, pois já isto, há muito se espera. 4-Os angolanos devem encarar esta responsabilidade histórica e da vida de todos, com seriedade, zelo, eficiência e eficaz, que já não há mais tempo a perder com JES e seus pares, gatunos e incompetentes.5-As mudanças politicas em Angola são inadiáveis e irreversíveis, pois Angola, está atrás de 100 anos, irreparavelmente de atrasos, por isso, de maneira nenhuma, já não se aceita mais politicas desastrosas e irresponsáveis do MPLA e de JES. Chegou a hora depor toda a roubalheira e subalternização dos Angolanos fim. JES adeus
ResponderEliminarJES, depois de 35 anos de desgovernação de Angola, roubalheira, obstrução das instituições do estado, e sociais, destruição da economia, comercio, industria, agricultura, educação, saúde, cultura, historia, e infraestruturas e alicerçar e aprofundar a pobreza, miséria, e degradação social de Angola e dos Angolanos o que precisa mais? Já chegou a hora e vai para casa.
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