quarta-feira, 9 de junho de 2010

Deixa-me txopelar...


...senão atraso-me ao serviço só de tentar procurar lugar para estacionar o meu carro... Pensam e fazem assim muitos condutores da capital moçambicana, principalmente na baixa da cidade. E não são só estes os utentes deste “novo” meio de transporte, que num passado não muito distante era também conhecido por badjadje. Para quem faz saídas “rapidinhas” um txopela é a melhor solução. Portanto, esta é a sensação em Maputo e a grande solução, pelo menos no momento, para o trânsito que está cada vez mais abarrotado de viaturas. Em Setembro de 2009 via eu no interior dos “txopelas” turistas. Hoje os nacionais descobriram que este carrito (ou mota...) serve não só para ter um bom ângulo para fotografias e sentir desmesuradamente os agradáveis ares do hemisfério sul, eles facilitam mesmo a vida!
Em Abril, o assunto do dia a dia era a solução para as “rapidinhas”! Um pouco por toda a cidade os amarelos e verdes e azuis e brancos dominavam as ruas. E para fotografá-los era necessário pagar... É esse o problema, ficaram espertos demais e vem lucro em tudo... Como se não bastasse tirar vantagem das “necessidades” dos maputenses...



Se o parque automóvel continuar a aumentar e o tráfico caminhar para o caos, ou melhor, estagnar no caos, não sei que solução os moçambicanos encontrarão. Porque se ficarem a espera que alguma solução apresentada pelas autoridades se imponha, nem as motorizadas terão espaço nas estradas de Maputo em breve. Aliás, o negócio de futuro na capital será o taxi motorizado. Tal como acontece na Tanzânia e noutros lugares do mundo. Penso eu já em abrir o meu stand de motorizadas... E nessa altura os maputenses deixarão de “txopelar” para serem “manhiçados” entre os “durbanzinhos”...
O conceito do “se não fosse eu” é realmente evolutivo... Ontem o repolho e o carapau, e depois o durbanzinho, agora o txopela, amanha o ...

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