quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Rasteirando o adversário antes da partida

Coitado do Movimento Democrático de Moçambique... Foi de forma legitima (porque até ao momento não se provou o contrário...) excluída de nove dos treze círculos eleitorais com vista as legislativas de 28 de Outubro próximo. Afinal foi a Comissão Nacional de Eleições, o órgão a quem foi atribuído a autoridade e legitimidade para tal, que assim o decidiu. Razões para tal, estranhamente não foram devidamente apresentadas a quando do bombástico comunicado da Comissão e o mais suspeito de tudo: este respeitável órgão violou a lei eleitoral ao não notificar os partidos e coligações concorrentes sobre as irregularidades nos processos dos seus candidatos.
Como uma instituição de peso como esta pode sustentar a sua credibilidade depois de tamanho atropelo?? Ainda nem se chegou a “fase mais quente” e as punhaladas a lei, verdade, honestidade, imparcialidade, democracia e mais outras coisas estão a acontecer de forma escancarada e sem esperar pela calada da noite para uma actuação menos “vistosa”????
Bem, também devo recuar um pouco para trazer aqui um facto, que embora pareça insignificante, tem muito que se lhe diga... O governo moçambicano decidiu ainda neste ano, que por sinal é bastante especial, pois realizam-se três eleições nos país, atribuir de forma “obesa” regalias, bônus, residências decentes, veículos protocolares e outras coisas mais aos membros da poderosa CNE...
O que não põe em questão a imparcialidade deste órgão... E, por conseguinte me leva a perguntar se quem prega esta partida à turma de Daviz Simango e realmente a “poderosa” CNE...
Se olharmos para o actual cenário dos partidos políticos no país veremos situações bem claras: Uma Frelimo cada vez mais fortalecida com tudo a jogar a seu favor, não fossem eles “macacos velhos” em termos de “politiquices”... Muitos intelectuais e gentes das artes, os chamados seres pensantes que durante muito tempo foram os críticos da actuação do partido, hoje passaram para o seu lado. Os jovens que são tidos sempre como os “rebeldes” e “revolucionários” lutam para vestir a camisete vermelha com o objectivo de “garantir o lugar”, as associações de moçambicanos na diáspora são dirigidas por homens do partido do batuque e da maçaroca, e muito mais...
E para dar mais força ao partido, o “suposto” maior partido da oposição, a Renamo, está em declínio alucinante...
O que querem mais? “As vitórias são certas”! Mas como se diz, é preciso vencer de forma esmagadora!!! E a vitória prepara-se, dizem os membros do próprio partido...
Se há um “foco”que pode fazer frente a Frelimo, há que tomar as devidas precauções... O MDM até agora mostra-se como o raio de esperança na real “mudança” no país. O seu líder, Daviz Simango, lidera o município da Beira de forma exemplar, os membros dos seu partido, muitos dissidentes da Renamo, são cérebros pensantes e fazem erguer as suas vozes através da justeza dos seus pensamentos. Sem falar que alguns eram bastante activos no Parlamento moçambicano. Obviamente que este partido, irá ter o apoio dos moçambicanos conscientes e “realmente alfabetizados”

Com tudo isto a cama está feita para o Daviz... Uma rasteira hoje na certeza de que um lugar macio e confortável o espera em breve!

Volto com mais, o assunto pede muito!

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