Seis países querem entrar para a CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Mas um deles, a Guiné Equatorial, preocupa as organizações de defesa dos direitos humanos. A questão do direitos humanos no país de Teodor Obiang é delicada mas o petróleo guineense pode ter uma grande peso na decisão final....
Numa conversa com a analista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Moçambique Iraê Lundin pode-se perceber um pouco melhor o porque da relutância de alguns membros do grupo em aceita-lo e também do interesse de países como Portugal e Brasil naquele país africano que fala espanhol...
Nádia Issufo: Quais seriam as consequências para a CPLP das provavel integração da Guiné Equatorial ao grupo?
IL: Podemos analisar por dois lados, primeiro ver a importância da CPLP nos países membros principalmente nos países africanos. A importância é muito pequena na vida económica e política. O segundo aspecto é essa necessidade que se busca de se agrupar línguas, e neste caso a Guiné Equatorial que foi colónia espanhola, e segundo os analistas, ela caberia nesse grupo. Terceiro. este é um país com um passado e um presente muito pesados sob o ponto de vista político, que os outros países da CPLP não têm mais. Hoje são todos democracias, governos eleitos, com parlamentos o que não é bem o caso da Guiné Equatorial. Então, neste ponto seria um aspecto negativo, mas não penso que será o aspecto muito profundo uma vez que a importância a CPLP nesses países que são membro é muito pequena, é quase ínfima.
NI: Acredita que os interesses de Portugal e Brasil relativamente à Guiné Equatorial podem conduzir a aceitação deste país na CPLP?
IL: Acho que são exatamente os interesses económicos. Eu me pergunto se a Guine não tivesse o petróleo que tem se alguém estaria interessado nessa língua espanhola perdida no meio de África, possivelmente não. Há muitos países que ninguém tem um grande interesse por eles porque não tem esses recursos. Eu acho que é um aspecto a ser considerado, o presidente Lula passou por lá agora na sua última digressão por África e fechou alguns acordos, Portugal também tem interesses . Eu diria que o país que mais tem interesse na CPLP ,que é Portuga,l é quem mais ou menos dita as regras do jogo, de quem entra e de quem sai e do que acontece. O Brasil é uma potencia em emergência e já começa a ter uma palavra mais pesada.
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